28.2.13



No passado dia 23 de Fevereiro apresentei e animei a tertúlia “Namorar [n]a Baixa”, integrada no programa de actividades da exposição “Baixa em Tempo Real”, patente na Galeria Millenium em Lisboa. Esta exposição faz parte de um projecto do Departamento de Museologia | ULHT.

Nesta tertúlia, com a duração de três horas, tive a possibilidade de apresentar o trabalho de investigação desenvolvido no âmbito do meu doutoramento, e ainda aferir o interesse e envolvimento do público no projecto, testando a adequação dos suportes realizados para desenvolvimento de dinâmicas e experiências participativas, de acordo com as novas abordagens museológicas.

O resultado foi a construção de um itinerário pelo grupo presente e culminou com a leitura de poemas.

Para além do anteriormente exposto, foi um momento bonito, onde se partilharam poemas, ideias e emoções.

Obrigada a todos os participantes!











3.2.13

A Baixa como espaço poético




Encontra-se patente ao público, na Galeria Millenium em Lisboa, a exposição "Baixa em Tempo Real". Esta exposição faz parte de um projecto do Departamento de Museologia | ULHT e tem associado um programa de acção educativa e cultural.
No âmbito deste programa, participarei numa tertúlia sobre a Baixa como espaço poético.

Informação, retirada do programa:

Namorar na Baixa’
Luísa Costa (Designer); Rui Zink (Escritor) 

Sábado, 23 de Fevereiro
Entre 15hs e 17hs
Galeria Millennium
Tertúlia (entrada livre e sem marcação)

Em fevereiro as lojas da Baixa enchem-se de corações vermelhos. O frio da pedra é aquecido pelo calor das paixões. A paixão é um dos territórios poéticos. A proposta deste sábado é explorar a Baixa como espaço poético e dos poetas.

Luísa Costa. Tem construído propostas de explorar os espaços a partir das dimensões poéticas.

Rui Zink.
Nascido e criado no território da Baixa, tem escrito e usado o espaço como expressão poética da condição humana.

30.1.13

Ponto de situação apresentado na FA.UTL

No passado dia 11 de Janeiro, foi realizada na Faculdade de Arquitectura da UTL, uma apresentação da evolução do processo de investigação. Nesta foram apresentados alguns dos conceitos teóricos que sustentam a investigação, assim como os protótipos desenvolvidos e uma análise dos resultados obtidos nas acções realizadas.


Apresentação dos Itinerários







Acções realizadas
1º Com os alunos do Curso de Mestrado em Design de Comunicação


2ª Acção realizada no âmbito da Conferência Internacional "Em nome das Artes ou em nome dos Públicos?" -  Fundação Calouste Gulbenkian


30.11.12

Design para a diversidade cultural




Como forma de disseminação do conhecimento, saiu hoje na Revista Convergências* nº 10, um artigo no qual se aborda a importância do Património Intangível na diversidade cultural, desenvolvendo-se uma reflexão sobre a importância do Design de Comunicação na sua preservação.

O artigo cujo título é: "Design para a diversidade cultural", pode ser consultado aqui: http://convergencias.esart.ipcb.pt/autor/129

"Revista Convergências - Revista de Investigação e Ensino das Artes" é um espaço de disseminação do conhecimento científico, editada pela Escola Superior de Artes Aplicadas (ESART). Para mais informações sobre a revista consulte o endereço: http://convergencias.esart.ipcb.pt/main

25.11.12

Dia Nacional da Cultura Científica


Ontem, dia 24 de Novembro, comemorou-se o Dia Nacional da Cultura Científica em homenagem ao homem de ciência Rómulo de Carvalho que, sob o pseudónimo de António Gedeão, nos brindou com  uma extensa obra poética.
Rómulo de Carvalho, nasceu em Lisboa no dia 24 de Novembro de 1906 na Rua do Arco do Limoeiro, hoje designada por Rua Augusto Rosa. 


Fotografia de Luísa Costa






















Os itinerários poéticos desenvolvidos, no âmbito da investigação que este blogue se propõe divulgar, não poderiam deixar de integrar uma obra deste autor, fazendo parte do roteiro da cidade vista do Tejo o poema que seguidamente se transcreve:

Adeus, Lisboa
Vou-me até à Outra Banda 
no barquinho da carreira. 
Faz que anda mas não anda; 
parece de brincadeira. 
Planta-se o homem no leme. 
Tudo ginga, range e treme. 
Bufa o vapor na caldeira. 
Um menino solta um grito; 
assustou-se com o apito 
do barquinho da carreira. 
Todo ancho, tremelica 
como um boneco de corda. 
Nem sei se vai ou se fica. 
Só se vê que tremelica 
e oscila de borda a borda. 

Chapas de sol, coruscantes 
como lâminas de espadas, 
fendem as águas rolantes 
esparrinhando flamejantes 
lantejoulas nacaradas. 
Sob o dourado chuveiro, 
o barquinho terno e mole, 
vai-se afastando, ronceiro, 
na peugada do Sol. 

A cada volta das pás 
moendo as águas vizinhas, 
nos remoinhos que faz, 
nos salpicos que me traz 
e me enchem de camarinhas, 
há fagulhas rutilantes, 
esquírolas de marcassites, 
polimentos de pirites, 
clivagens de diamantes, 

Numa hipnose coletiva, 
como um friso de embruxados, 
ao longe os olhos cravados 
em transe de expectativa, 
todos juntos, na amurada, 
numa sonolência de ópio, 
vemos, na tarde pasmada, 
Lisboa televisada 
num vasto cinemascópio. 
O sol e a água conspiram 
num conluio de beleza, 
de elixires que se evadiram 
de feiticeira represa. 
Fulva, no céu incendido, 
em compostura de pose, 
a cidade é colorido 
cenário de apoteose. 
Há lencinhos agitados 
nos olhos de todos nós, 
engulhos de namorados, 
embargamentos na voz. 
Nesta quermesse do ar, 
neste festival de tons, 
quem se atreve a acreditar 
que os homens não sejam bons? 

Adeus, adeus, ribeirinha 
cidade dos calafates, 
rosicler de água-marinha, 
pedra de muitos quilates. 
Iça as velas, marinheiro, 
com destino a Calecu. 
Oh que ventinho rasteiro! 
Que mar tão cheio e tão nu! 
Ó da gávea! Põe-te alerta! 
Tem tento nos areais. 
Cá vou eu à descoberta 
das índias Orientais. 
Não tenho medo de nada, 
receio de coisa nenhuma. 

A vida é leve e arrendada 
como esta réstea de espuma. 
Toda a gente é séria e é boa! 
Não existem homens maus! 
Adeus, Tejo! Adeus Lisboa! 
Adeus, Ribeira das Naus! 
Adeus! Adeus! Adeus! Adeus!

António Gedeão



Fotografia de Luísa Costa

17.11.12

O namoro...


"Entre namorar e amar, está o reflectir"
Camilo Castelo Branco

Ainda em avaliação dos resultados da actividade de mediação realizada no CAM, no passado dia 13, parece-me ser de evidenciar o interesse manifestado pelos participantes no desenvolvimento das acções propostas e que certamente os levaram a uma apreensão da obra na sua relação com as outras assim como na sua dimensão material (formal, construtiva) e imaterial (poética e simbólica).

Fotografia de Isaura Rosa








Fotografias de Rogério Silva

9.11.12

CAM, no próximo dia 13 Nov


Namorar o espaço a obra
Este é o mote dado para descobrir “Construção para lugar nenhum”, de Carlos Nogueira.

Neste projecto de mediação, pretende-se que a apreensão da obra resulte da colaboração activa de todos os intervenientes, através de uma resposta ao desafio transversal de provocação dos sentidos e de emoções ao qual se alia o do fazer (desenhar, escrever, riscar, etc).
Esta participação, será estimulada por propostas lançadas num pequeno “caderno de notas”, desenvolvido conceptualmente segundo uma perspectiva  comunicacional de design e estruturado a partir da observação das práticas e técnicas utilizadas pelo autor na concepção das suas obras. Pretende-se que o mesmo convoque dimensões afectivas e sensitivas pela sua dimensão táctil e visual, manifestadas na expressividade dos materiais utilizados, na representação informal dos seus conteúdos, assumindo-se como um objecto de trabalho que requer do participante uma intervenção a fim de ser finalizado.
A performance, prática recorrente no trabalho de Carlos Nogueira, estará também contemplada neste processo de mediação. 
Horários e mais informações disponíveis em:  http://www.culturgest.pt/actual/03-21-enaenp.html

O caderno (work in progress)