12.3.10

Ciclo de conferências na Culturgest

“Visões sobre o futuro” por António Câmara
10-Mar

Espaços Públicos

Segundo o Professor António Câmara, os espaços públicos como ruas, jardins, praças, não têm sofrido alterações significativas nos últimos anos. Refere que, o espaço público necessita de renovação, propondo, entre outras coisas, sinalética digital e interactiva, sensores que promovam a segurança e controlem do tráfego, mencionando que, acima de tudo, é a retenção e atracção de pessoas o factor decisivo para a revitalização dos centros das cidades. E fala-nos entusiasticamente de jardins com girassóis solares e árvores eólicas, ambos produtores de energia, ou ainda, dos Fab Lab centros de ciência onde qualquer indivíduo pode fabricar quase tudo.

António Câmara falou-nos de um futuro que nos está a bater à porta, onde a tecnologia, será cada vez mais uma realidade quotidiana, mas por detrás deste mundo tecnológico, por ele exultado, parece-me não ser demais salientar a necessidade da existência de uma dimensão cultural e identitária, à qual a tecnologia terá que assistir, tornando os espaços públicos simultaneamente espaços comunitários, com uma dimensão local, e também global, uma vez que poderão ser apreendidos experienciados por qualquer cidadão de qualquer ponto do globo.


Próximas conferências

17-Mar | Inteligência Colectiva
24-Mar | Objectos inteligentes
31-Mar | A comunicação em 2050

Contributo para as cidades num próximo futuro

No âmbito do programa “Próximo Futuro”, realizou-se no passado dia 25 de Fevereiro, na Fundação Calouste Gulbenkian, um workshop de investigação sob o tema “as cidades”.

Neste workshop, foi objecto de reflexão, a cidade contemporânea, as suas dinâmicas culturais, sociais, económicas e financeiras. Subjacente a esta reflexão este presente em permanência a questão se podemos e, de que forma podemos e/ou devemos intervir no futuro.

Uma das questões colocadas, na sequência da primeira intervenção “Convite para as paisagens literárias urbanas” e retomada, repetidas vezes durante o dia, foi a seguinte: é a paisagem que faz a literatura ou a literatura que faz a paisagem. A questão ficou em aberto.

A este respeito, e porque os pontos de contacto com a minha investigação são evidentes, parece-me oportuno referir que viver a cidade, tem tanto de físico como de sensorial, e de salientar que possibilitar a fruição de uma paisagem tendo em simultâneo acesso ao que foi escrito sobre aquele lugar específico, acrescentando-lhe para além da sua dimensão física uma dimensão emocional feita de memórias e sensações, é o grande desafio deste projecto de design. Construir um LUGAR onde a paisagem e a literatura se incorporem e se complementem criando uma dimensão absolutamente intangível, será certamente, um válido contributo para as cidades num próximo futuro.