3.4.10

Reflexões em torno das conferências

“Visões sobre o futuro” por António Câmara

“a melhor e mais útil tecnologia do mundo não pode impor-se a um público não preparado. Porque pode não haver espaço para ela na nossa psicologia colectiva.”
Derrick de Kerckhove in “A pele da cultura”


Partindo deste pensamento, que me parece relevante no contexto das conferências e das angustias que suscitaram, como também do pressuposto que continua pertinente, afigura-se-me que o seu contrário, votará ao fracasso qualquer projecto cultural quando não acompanhado destas mesmas tecnologias. Tal projecto será totalmente rejeitado pela nossa “nova” psicologia colectiva. Esta reflexão leva-me a pensar que qualquer tipo de dinamização do espaço público ou qualquer género de comunicação, terão necessariamente que estabelecer situações de compromisso entre cultura e tecnologia, para que não se caia num esvaziamento e numa superficialidade também referidos como preocupantes pelo Prof. António Câmara.

Neste sentido, os programas culturais terão que integrar as novas tendências e valências tecnológicas, visto a nossa psicologia colectiva há muito ter incorporado um novo modelo comportamental onde a experiência multi-sensorial, o acesso à informação e a possibilidade de participação activa em tempo real e de forma lúdica, fazem já parte do nosso presente. Além do mais, a participação em redes sociais, em realidades virtuais ou imersivas, é cada vez mais uma realidade dominante.

Considero que este ciclo de conferências foi relevante para a minha investigação. Estas “visões do futuro” do professor António Câmara, suscitaram reflexões sobre as novas realidades e tendências, bem como sobre o impacto que terão na sociedade e na cultura de um futuro cada vez mais presente.

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