O dia Mundial da Poesia foi celebrado em Lisboa, pela Casa Fernando Pessoa com a realização de uma feira de livros de poesia e outros eventos no Jardim da Parada em Campo de Ourique e a leitura de poemas de Álvaro de Campos por Carlos Paulo. Em termos visuais, nada há a registar para além de uns telões desengraçados, com poemas (sem menção da autoria), suspensos em árvores do jardim.
Jardim da Parada
Assim, foi aplicado um programa informático a uma ode de Ricardo Reis repleta de anotações/variantes, tendo desta articulação resultado 28 224 poemas que estão agora inscritos nas paredes exteriores e interiores da Casa, produzindo um notável efeito reverberativo.
No CCB, o dia da Mundial da Poesia foi intensamente comemorado. Durante todo o dia em diversas salas, o público podia ouvir recitar os poemas do seu poeta preferido, ou porque não mesmo, dizê-lo. Para tal, existia um espaço aberto à participação do público sob o tema “diga lá um poema”.
De salientar a enorme afluência de público que circulava de sala em sala.
Em termos visuais, apenas a exposição de Salete Tavares, marcava presença com a sua poesia gráfica numa exposição intitulada “desalinho das linhas”. A autora foi artista, escritora e co-fundadora do movimento de poesia experimental.
A exposição estará patente ao público até18 de Abril e foi registada num catálogo editado pelo Centro Cultural de Belém com texto de Rui Torres, organização e design gráfico do atelier B2 – Salete e José Brandão.
Aranha, tipografia, 1963
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