No âmbito do programa “Próximo Futuro”, realizou-se no passado dia 25 de Fevereiro, na Fundação Calouste Gulbenkian, um workshop de investigação sob o tema “as cidades”.
Neste workshop, foi objecto de reflexão, a cidade contemporânea, as suas dinâmicas culturais, sociais, económicas e financeiras. Subjacente a esta reflexão este presente em permanência a questão se podemos e, de que forma podemos e/ou devemos intervir no futuro.
Uma das questões colocadas, na sequência da primeira intervenção “Convite para as paisagens literárias urbanas” e retomada, repetidas vezes durante o dia, foi a seguinte: é a paisagem que faz a literatura ou a literatura que faz a paisagem. A questão ficou em aberto.
A este respeito, e porque os pontos de contacto com a minha investigação são evidentes, parece-me oportuno referir que viver a cidade, tem tanto de físico como de sensorial, e de salientar que possibilitar a fruição de uma paisagem tendo em simultâneo acesso ao que foi escrito sobre aquele lugar específico, acrescentando-lhe para além da sua dimensão física uma dimensão emocional feita de memórias e sensações, é o grande desafio deste projecto de design. Construir um LUGAR onde a paisagem e a literatura se incorporem e se complementem criando uma dimensão absolutamente intangível, será certamente, um válido contributo para as cidades num próximo futuro.
12.3.10
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