Encontrando-me em S. Paulo, tornava-se imprescindível uma visita ao Museu da Língua Portuguesa. O objectivo desta visita, foi observar como se pode expor algo tão imaterial como a língua, sendo isto possível com recurso à mediação de diferentes suportes interactivos, multimédia e gráficos. É através destes suportes que nos é dado ver e percepcionar a língua portuguesa enquanto elemento comunicacional, mas também cultural.
De uma forma lúdica, é-nos ainda dada a possibilidade de identificar a origem de diversas palavras, a sua história e principais influências sofridas.
À margem da exposição permanente, estava patente uma mostra dedicada a Cora Coralina (Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretãs) com o título “Cora Coralina – Coração do Brasil”, exposição de homenagem à poetisa, na qual era recriado o seu universo pessoal, composto por cadernos manuscritos com poemas e anotações, cartas, publicações e fotografias. Todo este espólio enquadrado num cenário que aludia a janelas coloniais ou ao balaústre de uma ponte, imagens representativas do universo físico vivido pela autora.
Este projecto expositivo teve a curadoria de Júlia Peregrino e a cenografia de Daniela Thomas e Felipe Tassara.
Caixas de luz com fotografias do universo da poetisa
Caderno de poemas
Num outro espaço da cidade de S. Paulo, o “Centro Cultural Itaú”, a poesia continua a expor-se, desta vez sob a curadoria de Ademir Assunção e com o título “Ocupação Paulo Leminski: Vinte anos em outras esferas”. Também nesta exposição, dedicada ao poeta, romancista e compositor, o universo do poeta é recriado através das suas composições, dos seus manuscritos e objectos pessoais. Para a sua apresentação foram utilizados diversos suportes gráficos e multimédia.
Universos significativamente diversos, foram comunicados de forma diversa, fazendo com que, também aqui, a essência da poesia fosse intensificada, e as idiossincrasias dos seus autores facilmente apreensíveis.
22.2.10
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário